terça-feira, 3 de janeiro de 2017

ANOMALIAS DENTÁRIAS HIPERPLASIANTES


Origem por:

- Fatores Sistêmicos: variação nutricional, intoxicação. 

- Fatores Locais: infecção, traumatismo. 

As anomalias hiperplasiantes apresentam: alteração estrutural, morfológica e/ou funcional. 

  • HIPERDONTIA (Dentes Supranumerários): 
    * Qualquer dente que exceda o número normal em ambas as dentições. 

    * 1% da população, 2:1 (H:M) 

    * Quando o dente extranumerário possui anatomia semelhante aos dentes do grupo -> EUMORFOS 

    * Quando o dente extranumerário possui anatomia anormal -> DISMORFOS

     * O número e o local são variáveis, sendo menos comum na dentição decídua e quando nela ocorrer, comum da região de Incisivos Superiores. 

    * Na dentição permanente é mais comum em região ânterosuperior sendo mais encontrado o mesiodens, um incisivo supranumerário superior (MAXILA) localizado na linha média, sendo mais comum ele ser pequeno, dismorfo e conóide. Quando erupciona, esse dente causa más posições dentárias ou até mesmo impede a erupção correta dos permanentes, além de propiciar uma estética desagradável.  

    * O segundo tipo mais comum é o quarto molar, também conhecido como distomolar ou paramolar. É mais frequente em maxila, porém não é comum ser bilateral, sendo na maioria das vezes encontrado sendo dismorfo. 

    * Outro tipo comum é os terceiros pré molares inferiores, geralmente eumorfos, bilaterais e não irrompidos. 

    * Em pacientes portadores de fissuras lábio-palatinas, esse tipo de anomalia é muito comum. 

    * Etiologia: controversa, pois existem várias hipóteses como atavismo, hiperatividade da lâmina dentária, diferenciação do germe dentário normal e atividade dos restos da lâmina dentária.  

Mesiodens dismorfo na região de palato duro.

  • DENTES NATAIS E NEONATAIS

    * Dentes natais: são dentes presentes na boca no momento do nascimento.

    * Dentes neonatais: dentes que aparecem na boca no primeiro mês de vida.

    * Dentes Natais ocorrem em 1:1000 e o Neonatais 1:30000 nascimentos.

    * 80 a 90% dos casos: região de incisivos inferiores, mas podem aparecer na região de primeiros pré-molares e caninos inferiores.

    * Raramente afetam a maxila

    * Radiograficamente: fina camada de esmalte e dentina presa à boca apenas pela gengiva, ou seja, com grande mobilidade atrapalhando assim a amamentação.

    * 5% dos casos são de dentes supranumerários

    * 95% dos casos são de dentes decíduos.
  • RAÍZES SUPRANUMERÁRIAS 
    * Nada mais são do que raízes além do número normal que a anatomia dental pré-determina.

    * Seu diagnóstico é essencial para obter sucesso e evitar possíveis complicações em tratamentos endodontico e cirúrgicos.

    * Podem ser eumorfas ou dismorfas.

    * Quando dismorfas -> do tipo apendiciforme -> tamanho e posição dificultam sua identificação radiográfica.

    * Os dentes posteriores, principalmente molares, são os mais comuns.

    * Do grupo dos pré-molares, os uni radiculados são os mais afetados.

    * Em dentes anteriores, incisivos e caninos inferiores são os mais acometidos passando a ter uma raiz vestibular e outra lingual.  

Raiz supranumerário do dente 33

  • CÚSPIDES SUPRANUMERÁRIAS

    * São achados relativamente comuns

    * Sua presença é atribuída a uma manifestação de atavismo

    * Forma e tamanho muito variável

    * As mais comumente encontradas: cíngulos proeminentes que ocorrem em incisivos e caninos superiores. 
Cúspide de Carabelli em segundo molar superior direito.

 
  • PÉROLAS DE ESMALTE

    * Ilhotas de esmalte, redondas ou ovais, localizadas na superfície radicular dos molares e mais raramente dos prémolares.

    * Maioria -> próximas à junção amelocementária ou na bi/trifurcação radicular.

    * Dificilmente ultrapassam 2 mm de diâmetro, e por isso as vezes não são notadas radiograficamente. 
 


  • FUSÃO DENTÁRIA

    * União de dois dentes normais durante sua formação, através do esmalte e/ou dentina, podendo ser total ou parcial.

    * Apresenta canais radiculares individualizados

    * Os mais afetados são: incisivos e caninos decíduos; incisivos permanentes; terceiro e segundo molar.

    * Também é comum correr entre raízes de um mesmo dente 
 
Fusão dentária no dente 11. 
  • GEMINAÇÃO DENTÁRIA

    * Caracterizada por um aumento da distância mésio-distal do dente envolvido em virtude da tentativa do germe em dar origem a outro dente, provavelmente supranumerário.

    * Os canais radiculares, nesse caso, estão em números normais, porém apresentam-se alargados.

    * Ocorre principalmente em incisivos e caninos decíduos e incisivos permanentes. 
Geminação dentária

  • CONCRESCÊNCIA DENTÁRIA

    * União de dois dentes normais, após sua formação completa, através do cemento (antes ou depois da erupção).

    * Apresenta canais radiculares individualizados.

    * Ocorrem principalmente em incisivos permanentes inferiores e segundo/terceiro molares.

    * A inter-radicular é bastante comum em dentes multirradiculares superiores, sendo principalmente no terço apical. 
 
Concrescência Dentária

  • MACRODONTIA

    * Aumento do volume dental

    * Ligada ao hiperpituitarismo, hemihipertrofia facial, distúrbios no desenvolvimento, hereditariedade cruzada ou LOCALIZADA.

    * Macrodontia eumórfica do 35/45 
Macrodontia.

  • TAURODONTISMO

    * Caracterizado pelo aumento ocluso-apical da câmara pulpar dos molares e pré-molares, resultando em uma forma dental prismática semelhante ao “dente de touro”.

    * Variável, sendo classificado em hipo, meso ou hipertaurodontismo.

    * Pode ser uni ou bilateral, podendo afetar apenas um dente

    * Etiologia: relacionada a hereditariedade, atavismo ou uma deficiência odontoblástica ou da bainha de Hertwig, durante a rizogênese.

    * Aspecto radiográfico típico, com diminuição do comprimento das raízes.  
  
Taurodontismo.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

>> Neville, ed 2016.
>> Indian Journal of Oral Sciences
>> @Odontudo
>> @OdontologiaPreventiva
>> Profissão Dentista
>> Doutíssima